12 de setembro de 2011

Policial civil é assassinado por PM


O sargento da Polícia Militar Carlos Alberto Souza dos Santos, do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), matou o policial civil Domingo Ramos de Souza, 62 anos, após uma discussão durante a madrugada desta segunda-feira (12), no bairro dos Barris, no Centro de Salvador.

De acordo com agentes de polícia do HGE, Domingo Ramos, que atuava na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, foi baleado nao peito por volta de 1 hora da madrugada, no aceem frente à sede da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).

De acordo com o genro da vítima, Rui Carigé, o agente Ramos, após deixar o plantão na DRFR, teria se envolvio em um acidente com um ônibus no bairro do Comércio, mesmo acertando todos os trâmites com o condutor do veículo, ele foi até a sede da Transalvador para registrar a ocorrência, quando funcionários teriam negado o atendimento.

Dentro do pátio da Transalvador estava o policial mlitar, conhecido como Souza que presta serviço para o órgão e se incomodou com a insistência do polcial civil em ser atendido. Ainda de acordo com Rui, o PM teria pedido para Ramos deixar o local, este se identificou que também era policial e que não precisaria receber este tipo de atendimento, Souza por sua vez teria respondido que "policial civil também apanha" em tom de irritação.

Uma testemunha que estava com a vítima no momento da discussão disse em depoimento na Corregedoria da Polícia Civil que mesmo quando a vítima seguia de volta para o carro, o PM continuou esbravejando. Ramos teria dito que "isso não ficaria assim", foi quando o acusado efetuou diversos disparos. Qautro tiros atingiram o carro do policial civil e um dos tiros atingiu o peito da vítima. "Este foi o tiro fatal, foi a queima roupa, ele atirou pra matar mesmo, foi perto do coração" disse o genro de Ramos.

Daivison da Silva Soares, 23 anos, filho da vítima esteve na manhã de hoje na Corregedoria da Polícia Militar, no bairro da Pituba, para cobrar a prisão do PM, que esteve durante toda manhã prestando esclarecimentos. Segundo o filho, a vítima não foi levada para o hospital pelo acusado, mas sim por outros policiais que chegaram no momento.

Ainda de acordo com Daivison, a arma e documentos do pai não foram entregues no hospital, fato que dificultou a identificação do mesmo. "Se tivessem conversado com os médicos que se tratava de um policial civil, talvez ele tivesse recebido um melhor atendimento, talvez não tivesse morrido", desabafa. A vítima morreu poucos minutos após dar entrada no hospital e deve será enterrado no enterrado ainda hoje.

Daivison disse à reportagem do Bocão News que agente Ramos era um exemplo para a corporação e não existe a possibilidade de ele ter reagido. "Meu pai prestou grandes serviços para sociedade. Foram três anos no Exercito, quatro anos na própria Polícia Militar e 32 anos de Polícia Civil. Ele era um policial experiente e não conseguimos admitir a versão de que ele teria tentado atirar. Isso é mentira", desabafou.

O sargento da Polícia Militar Carlos Alberto Souza dos Santos, continua prestando depoimento na Corregedoria da Polícia Militar. O advogado criminalista Vivaldo Amaral acompanha o caso, mas ainda não se pronunciou sobre o fato.

A Secretaria de Segurança Pública enviou nota sobre o caso:

A Secretaria da Segurança Pública informa que a Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil estão apurando as circunstâncias do fato ocorrido na madrugada desta segunda-feira, dia 12 de setembro, nas proximidades da sede da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), no Vale dos Barris, envolvendo o sargento Carlos Alberto Souza dos Santos, pertencente ao Grupamento Aéreo da Polícia Militar (GRAER) e autor dos disparos que resultou na morte do investigador Domingos Ramos Soares, lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR).
BOCÃO NEWS
Foto: Paulo Macêdo

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