23 de novembro de 2011

Itacaré tem mais de 20 mil negros e pardos, diz IBGE



De acordo com os Indicadores Sociais Municipais do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Itacaré está entre os municípios brasileiros com maior número de negros e pardos, proporcionalmente. São exatas 7.150 pessoas que se declararam negras e 13.720 informaram que são pardas. O município tem 24.318 habitantes.
Itacaré também é um dos mais antigos municípios brasileiros e um dos poucos com remanescentes quilombolas na zona urbana: no bairro Porto de Trás. Na área rural são diversas comunidades quilombolas, entre as quais as do Santo Amaro, Fojô e João Rodrigues. São famílias que lutam há anos para manter viva a história de seu povo.
A história de luta das comunidades quilombolas de Itacaré foi destacada pelo vereador por Itabuna e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), o advogado Wenceslau Júnior. “O Brasil tem uma grande dívida com os negros, que foram e são fundamentais para cultura e economia desse país”.
Wenceslau lembrou que Itacaré foi um dos pontos de luta contra a perseguição dos senhores de engenho. Quem também destacou a luta da comunidade negra contra a perseguição foi o presidente do Movimento Negro Unificado de Itabuna (MNU), Francisco Estevam.

Sessão especial

Na terça-feira, 22, eles participaram na Câmara de Vereadores de Itacaré de uma sessão especial para celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. “O negro ainda é muito discriminado. Seja em Itacaré ou em qualquer lugar do país”, afirmou Estevam.
O presidente da Câmara de Vereadores de Itacaré, Genivaldo Batista, contou que nos últimos anos o prefeito Antônio de Anízio que, assim como ele, é negro vem realizando diversas ações para melhorar a qualidade de vida de toda a população, com atenção especial para a comunidade negra. “São investimentos em escolas, abertura de estradas e assinatura de convênios para a eletrificação na zona rural”, observou.
Também participou da sessão especial Jorge Rasta, da Casa do Boneco. Ele afirmou que o negro precisa ser mais valorizado e que as políticas públicas no Brasil ainda são deficitárias. Outro que fez um discurso crítico foi o estudante universitário Francisco Gonçalves. Além de vereadores, a sessão contou com presença de representantes da comunidade.

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