17 de novembro de 2011

PROFESSOR É INTERPELADO NA UESC POR COMPARAR BAIANAS A CHIMPANZÉ


Recentes opiniões no Facebook de um professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) a respeito do comportamento das baianas e das nordestinas andam causando polêmica na rede social e, principalmente, fora dela. O professor estaria ou não sendo preconceituoso? Depoimentos postados pelo professor Marcos Peres abrem, mais uma vez, uma discussão sobre o que pode e o que não pode – ou não deve – ser postado nas redes sociais.

Tudo começou depois que o professor disse no Facebook que “a música baiana e nordestina (axé, arrocha, tecno-forró, etc., etc…) deprecia e vulgariza demasiadamente a mulher”. Um pouco depois, o professor fez outras observações provocativas sobre o tema. Primeiro postou um vídeo com trecho do filme “Vem dançar”, onde mostra um casal ensaiando o tango. E volta a comentar: “Uma dica para as mulheres baianas e nordestinas aprenderem o que é sensualidade. Viva o tango!!”. Dois minutos adiante, completa o raciocínio: “Não precisa mostrar a bunda e rebolar como chimpanzé doido para se chamar atenção dos homens… kkkk”.

Há pelo menos um fato que faz a polêmica ganhar ainda uma maior repercussão. Marcos Peres é professor de “Sociologia da Educação” na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Cabe a ele justamente estimular a análise em salas de aula sobre o estudo de sociedades culturalmente diferentes. Como, por exemplo, a Bahia, onde agora trabalha, do estado de origem dele: São Paulo.

O Jornal Bahia Online tentou contato com o professor através das duas instituições de ensino, mas não obteve êxito. Já o reitor Joaquim Bastos, também procurado pela reportagem, considerou as declarações lamentáveis mas disse que, pelo fato de o professor não ter se expressado no exercício da função de educador, ou seja, na sala de aula, está livre de uma sindicância na universidade. “Ele que arque com as consequências do que afirmou”. Bastos disse que lamenta que isso ainda ocorra em uma universidade que tem lecionando profissionais de 40 países e que 80 por cento do seu quadro docente seja de outras regiões do País.(PIMENTA NA MUQUECA)

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