14 de setembro de 2011

Após pausa, O Rappa retorna e ri dos boatos de fim da banda


Do G1, em São Paulo
Xandão, Lauro, Falcão e Marcelo Lobato já se acostumaram com gente dizendo que a banda havia acabado. "Já estamos habituados", diz o guitarrista Xandão ao G1, em um hotel em São Paulo. "Mas foi só uma pausa. Foram 17 anos em quartos de hotel, em estrada. Queríamos ficar mais com a família, dar uma renovada." Sem CDs de inéditas desde 2008 e sem turnês há dois anos, os integrantes d'O Rappa anunciaram volta aos estúdios e aos palcos nesta semana.

"Voltamos com amizade fora do palco, isso era importante. Precisávamos de um 'respira'. A gente emendou muito turnê e disco, sempre matamos isso no peito. Mas se você sempre só acelerar, uma hora vai colidir", explica o vocalista Falcão. Ele conta que nesses últimos meses chegou a ligar o piloto-automático e responder que a banda havia acabado mesmo. "Vinham me perguntar sobre o fim da banda e eu passei a falar: 'Pois é, que pena'. Todos os dias falavam que poderia acabar", recorda o cantor, com bom humor


Para o baterista Marcelo Lobato, o iminente fim do grupo acompanha a banda desde o seu início. "Demorou um tempão para conseguirmos fazer muito show. Então, sempre falavam que poderíamos acabar. O segundo disco ['Rappa mundi', 1996] demorou dois anos para acontecer. Pagávamos os custos, ganhávamos merreca, mas formamos público", diz o músico.

Falcão concorda com o companheiro de banda. "Tivemos jogo de cintura para continuar apesar de tudo que aconteceu", comenta, referindo-se à saída do baterista Marcelo Yuka (que era o principal letrista d'O Rappa) e às mortes do produtor Tom Capone e do poeta e parceiro Waly Salomão. "Se eles estivessem vivos, o Brasil estaria bem melhor."

Para os próximos shows, a banda garante que vai apresentar novos arranjos, após um mês de ensaios. Eles tocam no Rio de Janeiro (22 de outubro, na Marina da Glória), em São Paulo (28 e 29, na Via Funchal), Belo Horizonte (5 de novembro, no Chevrolet Hall), Porto Alegre (18, no Pepsi on Stage), Brasília (3 de dezembro, no Ginásio Nilson Nelson) e Florianópolis (11 de Fevereiro, no Stage Music Park). O grupo revela que recebeu convite para tocar no Rock in Rio, entre 23 de setembro e 2 de outubro, mas negaram devido ao planejamento da banda.

Não há ainda detalhes sobre o novo disco do grupo, previsto para 2012. "Tenho um caminhão de coisas novas. Agora temos que cada um ver a sacola do outro", brinca Falcão. Mas é melhor não contar com o disco na data anunciada pelos rapazes. "Nunca conseguimos entregar no prazo. Já teve disco que eles [a gravadora Warner] pediram para fevereiro e nós entregamos só em dezembro", recorda o vocalista.

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