
No depoimento que prestou ontem ao juiz substituto André Luiz Santos Brito, o prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior, responsabilizou seu antecessor no cargo, Dilson Argôlo, pela suspensão das obras do Centro de Saúde José Maria de Magalhães Netto.
O município recebeu, no ano 2000, R$ 80 mil para realizar serviços de reforma e ampliação da unidade de saúde. As obras foram licitadas no final daquele ano e a empresa chegou a receber o pagamento integral, pouco antes da execução ter sido embargada, em janeiro de 2001.
O embargo foi determinado pelo sucessor de Moacyr Leite, Dilson Argolo. Segundo o depoimento, no dia 2 de janeiro de 2001, pouco depois de tomar posse, Argolo procurou o empreiteiro Marcos Telles, representante da empresa que fazia a reforma, e exigiu que ele devolvesse o pagamento. Diante da recusa, o prefeito teria determinado o embargo, mas o empresário ficou com o dinheiro.
Argolo fez denúncias contra Moacyr Leite junto ao Ministério da Saúde e ao Tribunal de Contas da União, o que resultou em processo contra o atual prefeito na Justiça Federal. O réu se diz inocente e afirma que o culpado pela descontinuidade da obra foi o antecessor.
Também no depoimento, Moacyr Leite declarou que a reforma do centro de saúde foi finalmente realizada em 2009, quando ele reassumiu o governo, após dois mandatos de Dilson Argolo. Leite declarou ter determinado à Procuradoria-Geral do Município que acionasse a empreiteira de Marcos Telles para retomar os serviços. Segundo o prefeito, não houve novo ônus para os cofres públicos, naturalente porque a empresa já havia recebido o pagamento há nove anos.(Pimenta na Muqueca)
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